A atividade industrial é a principal fonte de atração demográfica, urbana e econômica de determinado território. Mas o que interfere em sua localização?
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Fatores locacionais da indústria
A atividade industrial é a principal fonte de atração demográfica, urbana e econômica de determinado território. Mas o que interfere em sua localização?
Anel Energético Sul-Americano
Como é feito a divisão do projeto?
Foto: Reprodução/ Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental
Anel Energético Sul-Americano é o nome dado a um projeto destinado a unir os países da América do Sul em torno da questão energética, tratando de sua geração, distribuição e por fim, a racional utilização do gás GNL (Gás Natural Liquefeito). A ideia é a de que se construa um gasoduto de aproximadamente 1200 quilômetros que se estenderia do interior do Peru até o norte do Chile, obra esta que se interligaria imediatamente com redes similares existentes em áreas próximas, e cuja interconexão dá a possibilidade de que Brasil, Argentina, Chile e Uruguai desfrutem de tal hiperligação, que efetivamente terminaria com muitos dos problemas de abastecimento energético de todos esses países.
Considerada sob todos os aspectos um dos mais importantes projetos de integração dos países sul americanos, a ideia foi aventada pela primeira vez em 2005 no Peru, sendo que a fonte de abastecimento original deste megaconjunto de gasodutos partiria da região peruana de Camisea, localizada na zona central do território peruano. Há também a possibilidade de se utilizar uma região fornecedora alternativa, como por exemplo as reservas das bacias de Orinoco e Maracaibo, na Venezuela. Há ainda a hipótese de que a Bolívia exerça o papel de fornecedora do gasoduto, pois as reservas do país estariam supostamente em melhores condições de servir aos objetivos determinados pelo projeto. Tal projeto faz parte do amplo programa de integração da IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura regional Sul-Americana), e é de amplo consenso que será um importante avanço no desenvolvimento econômico dos países da região, fonte de atração de investimentos por partes de inúmeros entes privados, atração de diversos projetos bem como de políticas intergovernamentais, abrindo novas possibilidades e novas ideias para se concretizar a cooperação entre os países, tão pretendidas por órgãos como a UNASUL e o MERCOSUL.
Além das discussões que darão os contornos definitivos ao projeto do Anel Energético Sul-Americano, há que se resolver três questões fundamentais, que são a) a do custeio (financiamento da infraestrutura a ser implementada para um projeto de tão grande magnitude), b) o estabelecimento de regras que promovam a segurança no retorno do investimento e c) confiança e amplo entendimento entre os diversos (e diversificados) países na manutenção do abastecimento ininterrupto, superando os sempre eminentes e possíveis riscos de instabilidades políticas e desavenças históricas.
Ainda se faz importante reforçar a autonomia inerente a cada um dos países envolvidos, não descuidando do comprometimento necessário de cada interessado para a eficaz conclusão de tão grande projeto.
Bibliografia:
http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Criacao+de+Anel+Energetico+Sul+Americano+esta+quase+resolvida/7930 - Página Rios Vivos - Criação do Anel Energético Sul-Americano está quase resolvida
http://www.anpg.org.br/~anpg/userfiles/file/julianadefarias.pdf - Página da Associação Nacional de Pós-graduandos da UFRJ - Farias, Juliana de. Projetos de gasodutos como alternativa para a integração energética sul-americana
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Dia da Agricultura Familiar - 25 de Julho "De onde vem o alimento que comemos?"
Principal responsável pela comida que chega às mesas das famílias brasileiras, a agricultura familiar responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o País. O Dia Internacional da Agricultura Familiar é comemorado neste 25 de julho com a consolidação dos avanços promovidos pelas políticas públicas integradas de fortalecimento do setor, intensificadas na última década.
O pequeno agricultor ocupa hoje papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%) são alguns grupos de alimentos com forte presença da agricultura familiar na produção.
Com melhores condições de crédito e a ampliação de mercado por meio de programas como o de aquisição de alimentos, a agricultura familiar segue estruturada e com investimentos crescentes. Anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em junho, o Plano Safra 2015/2016 da agricultura familiar terá investimento recorde de R$ 28,9 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os recursos representam um aumento de 20% em relação à safra anterior. Na safra 2002/2003, o crédito disponível foi da ordem de R$ 2,3 bilhões.
Na safra 2015/2016, o governo manteve baixas as taxas de juros, que variam entre 2% e 5,5%. Para a região do Semiárido, os juros ficaram ainda menores, entre 2% e 4,5%. O plano prevê ainda que a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) irá atender a 230 mil novas famílias de agricultores familiares, com foco na produção de base agroecológica.
“[O Plano Safra 2015/2016] demonstra o compromisso da presidenta Dilma com aqueles que mais precisam e que mais trabalham para produzir o alimento das famílias brasileiras”, ressaltou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra.
Juventude rural
Segundo o ministro, para continuar avançando em áreas-chave, o governo investiu no fortalecimento da agroindústria familiar, no cooperativismo, na produção agroecológica, na assistência técnica e extensão rural, na ampliação do mercado institucional para a agricultura familiar, na equidade de gênero e no apoio à juventude rural, “o presente e o futuro da agricultura familiar”.
Para fortalecer o apoio aos cerca de 8 milhões de jovens que hoje vivem no campo e têm participação ativa na produção agrícola, o governo trabalha no aperfeiçoamento do Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural. De acordo com Ananias, o plano está em “processo de contrução de forma participativa e democrática”.
O Plano Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável observa que o grande desafio do governo é tornar o campo um lugar atraente para os jovens, capaz de fazê-lo permanecer no meio rural. “Para isso, é preciso transformar a concepção da relação campo-cidade, ofertando qualidade de vida digna, trabalho e renda nas áreas rurais”, aponta o plano do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Uma ação importante no âmbito da política setorial é a ATER para a Juventude. O programa irá atender a 22,8 mil jovens rurais neste Plano Safra. Além disso, o Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai destinar, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, R$ 5 milhões para a produção de empreendimentos econômicos da juventude rural.
Ex-diarista abastece Programa de Aquisição de Alimentos
Ex-diarista, a agricultora familiar Lindaci Maria dos Santos, de 51 anos, aderiu ao Pronaf há pouco mais de cinco anos no Distrito Federal e hoje abastece o Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). “Lutamos com muita garra mas temos um futuro. É uma coisa maravilhosa você colocar um produto [orgânico] na mesa”, contou Lindaci em depoimento ao Portal Brasil. Ela produz diversos tipos de alimentos orgânicos, entre frutas e hortaliças.
O Brasil fora do Mapa da Fome
O fortalecimento da agricultura familiar, aliado à execução de programas de inclusão social, como o Bolsa Família e o Pronatec Rural, contribuiu, por exemplo, para que o Brasil fosse retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Recentemente, a agência da ONU apresentou um relatório na qual afirma que o Brasil pode se tornar o principal exportador de alimentos do mundo na próxima década. O documento destaca o papel fundamental da agricultura familiar na produção de alimentos e elogia as políticas públicas do governo federal para o setor.
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
domingo, 24 de julho de 2016
Rotação e Translação
A Terra com a sua forma esférica, um pouco achatada nos pólos abaulada no equador, executa entre outros dois movimentos muito importante: rotação e translação.
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
É o movimento que a Terra faz em torno de si mesma ou no eixo imaginário que passa pelos seus pólos. A duração desse movimento é de 24 horas, ou seja, mais precisamente de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, e sua velocidade é de 1,666 Km/h na altura do equador. Nos pólos a velocidade é nula. A Terra movimenta e gira sobre si mesma diante do Sol, o que possibilita a ocorrência dos dias e das noites.
O fato é que o Sol não poderia mesmo girar ao redor da Terra, pois se assim fosse, estaria contrariando a conhecida Lei de Newton, segundo a qual "os corpos se atraem na razão direta de suas massas..." Ora, se a massa do Sol é 330 vezes maior do que a da Terra, ele jamais poderia girar ao redor da Terra. A assim a "trajetória" diária do Sol ( nasce a Leste e se põe a oeste) é apenas aparente.
As conseqüências da rotaçãoterrestre são:
A sucessão dos dias e noites e a conseqüente influência na organização da vida ou do cotidiano das pessoas ( período de aulas, jornada de trabalho, expediente comercial, etc.)Interfere na circulação atmosférica e no movimento das correntes marítimas.Com base na rotação foram criadas as horas e os fusos horários, de grande importância na organização da vida e das atividades humanas.O achatamento dos pólos e a dilatação da região equatorial.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
É o movimento que a Terra (bem como os demais planetas) executa ao redor do Sol. A trajetória percorrida chama-se órbita e tem a forma ligeiramente oval, ou seja , elíptica.
essa órbita mede cerca de 930 milhões de quilômetros e é percorrida pela Terra em exatamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos, a uma velocidade média de 29,9 Km/s.
Enquanto a principal conseqüência do movimento de rotação é a sucessão dos dias e das noites, no caso da translação é a ocorrência das estações do ano, períodos durante os quais, dependendo da posição da Terra em relação ao Sol, os hemisférios norte e Sul da Terra poderão ser igual ou desigualmente iluminados. Isso, como sabemos, tem grande influência e importância na vida em geral e também nas atividades humanas em particular.
Por que existem as estações do ano?
Existem por dois motivos:
Os planos do equador e da órbita terrestre não coincidem, ocorrendo uma inclinação da ordem de 23º 27’(vinte e três graus e vinte e sete minutos). Podemos dizer que o eixo imaginário da Terra está inclinado em relação ao plana do eclíptica.Durante a translação a Terra ocupa diferentes posições em relação ao Sol. Se os planos do equador e da eclíptica fossem coincidentes e se a Terra permanecesse sempre na mesma posição (digamos , perpendicularmente ao Sol), não haveria as quatro estações do ano, o Sol incidiria sempre na altura do equador. Os hemisférios norte e sul da Terra receberiam sempre a mesma quantidade de iluminação. Só há duas ocasiões que os dois hemisférios são igualmente iluminados: nos dias 21 de março e 23 de setembro, chamados dias equinócio (noites e dias iguais), épocas em que o Sol incide perpendicularmente no Equador, propiciando igual insolação nos dois hemisférios. Fora essas datas, a Terra mantém-se sempre inclinada em relação ao plano da sua órbita.
A TRANSLAÇÃO DA TERRA E ANO BISSEXTO
O movimento da translação terrestre é base ou referencial Para a divisão do tempo. De acordo com o antigo calendário egípcio, duração do ano civil era de 365 dias. Como movimento de translação da Terra é de 365 dias e 6 horas, os romanos corrigiram o calendário egípcio acrescentando a seu calendário (juliano, 46 a.C.) aquelas 6 horas que não eram computadas pelos egípcios.
Como "sobravam" 6 horas em cada ano, no final de 4 anos essas 6 horas, somados (24 horas), eqüivaliam a 1 dia. Os romanos acrescentaram, então, esse dia ao mês de fevereiro.
É por isso que, a cada 4 anos, o mês de fevereiro, que normalmente tem 28 dias, passa a ter 29. É chamado o ano bissexto. Como o ano de 1996 foi bissexto, os próximos serão 2000, 2004 e assim sucessivamente.
A pessoa que nascer no dia 29 de fevereiro, ano bissexto, e for registrado nesta data, só fará aniversário de 4 em 4 anos.
ESTAÇÕES DO ANO
Os Solstícios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul da Terra são desigualmente iluminados. Ocorrem nas seguintes datas:
21 de dezembro. marca o solstício de verão no hemisfério sul. É época em que o Sol se encontra na altura do trópico de capricórnio, sendo , portanto , verão no hemisfério sul. Os dias são mais longos e as noites mais curtas. No hemisfério norte ocorre o inverso.
21 de junho. È o solstício de verão no hemisfério norte. O Sol encontra-se na altura do Trópico de Câncer , ocasionando o verão, época de dias mais longos e noites mais curtas.
Os equinócios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados. Ocorrem nestas datas:
21 de março. Marca o início do outono no hemisfério sul e o início da primavera no hemisfério norte. Nessa data, o Sol está incidindo na altura do equador , acarretando igual duração dos dias e das noites nos dois hemisférios.23 de setembro. Marca o início da primavera no hemisfério sul e do outono no hemisfério norte. O Sol encontra-se novamente na altura do Equador, propiciando igual duração dos dias e das noites nos dois hemisférios.
Descubra o que foi o Plano Colombo
Recebeu o nome de Plano Colombo o programa, que pouco depois tornaria-se uma organização, destinada a auxiliar economicamente os países do continente asiático após os devastadores resultados da Segunda Guerra Mundial. Apesar de muitos dos momentos decisivos da guerra terem acontecido em território europeu, ocorreram inúmeros episódios de violência e destruição em muitas partes da Ásia, sem considerar o grande contingente de asiáticos que participaram tanto do lado dos Aliados como das nações do Eixo em seus esforços de guerra.
O Plano Colombo nasce a partir de uma conferência de Ministros do Exterior no âmbito da Commonwealth (a organização criada pelo Reino Unido para manter uma certa ligação com suas ex-colônias) ocorrida em janeiro de 1950, em Colombo, capital do Sri Lanka. Dessa reunião surgiu o entendimento de maior cooperação entre os países asiáticos, visando uma melhora das condições de vida dos povos da região. Assim, em 1951, um grupo de sete países irão criar o Plano Colombo, com base nas ideias de elevação das condições sociais de seus países. Num primeiro momento, o plano de reestruturação social planejado tinha duração de apenas seis anos, mas, foi sendo constantemente renovado até 1980, quando sua validade foi estendida por tempo indeterminado. Além disso, seu número de integrantes pulou de sete membros da Commonwealth (Austrália, Reino Unido, Canadá, Ceilão (depois Sri Lanka), Índia, Nova Zelândia e Paquistão) para um total de 26 nações através dos anos, atraindo países que não faziam parte do círculo da Commonwealth.
Em meio à elaboração de sua constituição, em 1977, o Plano Colombo passa a adotar a denominação de "Plano Colombo para Cooperação Econômica e Desenvolvimento Social da Ásia e Pacífico", refletindo o aumento da dimensão do grupo e de seus projetos.
Em seu início, o Plano Colombo recebeu um grande estímulo financeiro por parte dos Estados Unidos, que aderiu ao grupo logo em 1951, fazendo deste um equivalente asiático ao Plano Marshall, o famoso plano de reestruturação econômica e social do continente europeu.
Assim como no Plano Marshall, que excluiu a União Soviética de seus projetos (pelo fato de já terem se iniciado as disputas entre as duas ideologias, socialista e capitalista que culminariam na Guerra Fria), o Plano Colombo excluiria também a China comunista, recém-estabelecida, em 1949, sendo que este país asiático fosse talvez um dos que mais necessitassem das políticas de desenvolvimento propostas pelo plano, por ter experimentado conflito armado desde 1933, além de ser palco de violentas batalhas e alvo de violenta ocupação de boa parte de seu território pelos japoneses. As consequencias do conflito iriam provocar desastres humanitários sem precedentes na China, entre eles uma devastadora onda de fome no interior do país, logo após o fim da guerra.
Bibliografia:
http://www.colombo-plan.org/history.php
Baby Boom: Os filhos da guerra
Geração fruto da explosão demográfica pós-Segunda Guerra chega aos 60
Felipe Van Deursen
Imagine a situação: você está há tanto tempo lutando contra o inimigo, em países estranhos, que nem se lembra do gosto da comida de casa. Seu dia-a-dia é composto de corpos mutilados e mortos, sangue e poeira. Tudo com o que você sonha é voltar para o conforto do seu lar. A luta termina e você faz parte do grupo vitorioso. É recebido em seu país como herói. O que acontece nove meses depois? Você é pai.
Foi isso o que se passou com milhares de casais americanos com o fim da Segunda Guerra em 1945. Um ano depois começava uma explosão demográfica que só enfraqueceria na virada dos anos 60. Era o chamado baby boom. Na década de 40, nasceram nos Estados Unidos 32 milhões de bebês, 33% a mais que na década anterior. Em 1954, mais de 4 milhões de partos, quase 11 mil por dia. Em 2006, os mais velhos dessa turma chegaram aos 60.
A geração babyboomer, como ficou conhecida, mudou os costumes do mundo. Ela é formada pelos filhos que mais se diferenciavam dos próprios pais até então. Ela virou adulta no mais duradouro período de prosperidade do país, distante dos traumas sofridos pela geração anterior, que cresceu durante a Grande Depressão. Pelos 15 anos seguintes ao confronto mundial, a onda de otimismo dominou não só os Estados Unidos mas também muitos dos países aliados, como Canadá e Reino Unido. No Brasil, a euforia se deu nos anos JK, entre 1956 e 1960. A economia andava a toda, o desemprego era baixo. “O que aconteceu após a Segunda Guerra foi uma conjunção de fatores: otimismo juvenil, bens materiais em abundância, vitória em uma guerra, medo de perder em outra”, escreveu o historiador Howard Smead em Don’t Trust Anyone Over Thirty: A History of the Baby Boom (“Não confie em ninguém com mais de 30: a história do baby boom”, inédito no Brasil). “Você quer culpar alguém pelo baby boom? Culpe Hitler: suas atividades na Europa distorceram o ciclo familiar nos Estados Unidos.”
Do que se trata os Hotspot?
Imagem capturada na Internet (Fonte: Parques Nacionais do Brasil)
Do que se trata o Hotspot?
A tradução do termo, em inglês, Hotspot é "ponto quente" e este se refere a um conceito ambiental, que muitos desconhecem. Mas, devemos tomar conhecimento até porque dos 34hotspots identificados na superfície terrestre, dois se encontram localizados em nosso território: a Mata Atlântica e o Cerrado.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Danilo Eco)
Imagem capturada na Internet
(Fonte: Instituto Sociedade, População e Natureza)
Só na América do Sul são cinco (incluindo estes dois) e, no continente americano todo, são nove. A América só é superada pela Ásia, que possui dez Hotspots.
Este termo ambiental foi criado pelo ecólogo e cientista inglês, Norman Myers, da Oxford University, no ano de 1988. Inicialmente, Norman Myers identificou apenas 10 hotspots no planeta.
São considerados Hotspots, todas as áreas que apresentam uma grande biodiversidade, mas que se encontram em alto risco de degradação ambiental (já devastada e tendendo a se agravar). Em outras palavras, são áreas críticas para a conservação, pois a sua biodiversidade se encontra ameaçada de extinção.
Os critérios para a classificação das áreas em um hotspots, de acordo com Myers, é que ela possua – no mínimo - 1.500 espécies endêmicas de flora e que tenha perdido mais de ¾ de sua vegetação natural. Daí, a inclusão dos biomas brasileiros, Mata Atlântica e Cerrado, na lista dos hotspots da Terra.
Como se tratam de áreas com grande biodiversidade, além da riqueza em termos de flora (vegetação), inclui-se as espécies da fauna (animais). A ameaça ou risco, sobretudo, da vegetação nativa implica consequentemente na integridade e conservação das espécies animais.
Entendem-se por plantas endêmicas, asespécies que só nascem em um determinado local, isto é, a sua distribuição geográfica se limita a um determinado ponto da Terra (país, região, continente etc.), não existindo em nenhum outro lugar.
Com base no trabalho de pesquisa realizado por Myers, outros pesquisadores também passaram a investigar, ampliando o número de hotspots no planeta.
Dos 10 hotspots identificados por Myers, o primatólogo estadunidense Russell Mittermeier da Organização Não Governamental Conservação Internacional (C.I.) – em pesquisa realizada entre 1996 a1999 - expandiu para 25 as áreas avaliadas como hotspots, cobrindo 1,4% da superfície terrestre.
No início de 2005, a referida Organização Não Governamental atualizou os dados e ampliou o número de hotspots existentes na superfície terrestre com mais 9 regiões, aumentando para 34 hotspots em todo o planeta.
Todos os hotspots, juntos, somam uma área correspondente a 2,3% da Terra, onde se encontram 50% da flora e 42% de vertebrados da superfície terrestre.
Vejamos a lista dos 34 hotspots da Terra, identificados por continentes:
. AMÉRICA (09 hotspots)
1. América do Norte
. Província Florística da Califórnia (EUA);
. Floresta de Pinho – Encino de Sierra Madre (México e EUA);
2. América Central
. Mesoamércia (Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Belize e México);
. Ilhas do Caribe;
3. América do Sul
. Andes Tropicais;
. Florestas Valdivias (Chile Central);
. Tumbes-Choco-Magdalena (Panamá, Colômbia Peru e Equador);
. Cerrado (Brasil);
. Mata Atlântica (Brasil, Argentina e Paraguai).
. ÁFRICA (08 hotspots)
. Florestas da Guiné (África Ocidental);
. Província Florística do Cabo (África do Sul);
. Karoo das Plantas Suculentas (África do Sul e Namíbia);
. Madagascar e Ilhas do oceano Índico(África);
. Montanhas do Arco Oriental (África);
. Florestas Afromontanas (África Oriental);
. Mapuland-Pondoland-Albany(Moçambique, Suazilândia e África do Sul);
. Chifre da África (Somália, Etiópia, Djibout e Eritreia).
. EUROPA (02 hotspots)
. Bacia do Mediterrâneo;
. Cáucaso (Região de transição entre a Europa Oriental e Ásia Ocidental).
. ÁSIA (10 hotspots)
. Ghates Ocidentais (Índia e Sri Lanka);
. Montanhas do Centro Sul da China;
. Sunda (Malásia, Brunei e Indonésia);
. Wallacea (Indonésia);
. Filipinas;
. Regiões Indo (Birmânia – Myanmar);
. Himalaia (Paquistão, Índia, Nepal, China e Butão);
. Anatólia Iraniana;
. Montanhas da Ásia Central;
. Japão.
. OCEANIA (05 hotspots)
. Sudoeste Australiano;
. Nova Caledônia (Austrália);
. Nova Zelândia;
. Ilhas da Polinésia e Macronésia;
. Ilhas da Melanésia Oriental.
Fontes:
. Como Tudo Funciona - Howstuffworks
A fertilidade da floresta Amazônica e a poeira do Saara.
Você sabia que anualmente pouco mais de 182 milhões de toneladas de areia voam atravessando o Atlântico pela atmosfera e desses, pouco mais de 27 milhões de toneladas caem na Amazônia através das chuvas? O mais incrível é que todo esse material funciona como núcleo de condensação, servindo como combustível para as chuvas e, além disso, alimentando a floresta através dos minerais que a compõem.
Um vídeo divulgado pela NASA explica que o fósforo é um dos principais nutrientes que nutrem a floresta, compensando as percas do solo e alimentando o ecossistema em escala continental.
Dados coletados pelo lidar instrument on NASA’s Cloud-Aerosol Lidar and Infrared Pathfinder Satellite Observation, de 2007 a 2013, são sobrepostos e o resultado é sensacional:
O Saara é o maior deserto da terra, com quase a mesma área dos Estados Unidos. Anualmente, milhões de toneladas de poeira do deserto são levadas para a atmosfera e, com o vento, fazem uma viagem sobre o Atlântico. Uma parte desta poeira é depositada sobre a Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.
As nuvens de poeira podem ser vistas do espaço e foram captadas pelo satélite no primeiro estudo que analisa a variação das “plumas” de poeira durante a sua jornada transoceânica.
Os cientistas acreditam que essa variação tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira sul do Sahara. A quantidade de chuva estaria relacionada com a circulação dos ventos, que são os responsáveis por levantar a poeira, tanto do Sahel quanto do Saara para a atmosfera, onde ela se mantém em uma longa viagem sobre o Oceano Atlântico.
sábado, 23 de julho de 2016
O que são Terras Devolutas?
Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. O termo "devoluta" relaciona-se ao conceito de terra devolvida ou a ser devolvida ao Estado.
Com a descoberta do Brasil, todo o território passou a integrar o domínio da Coroa Portuguesa. A colonização portuguesa adotou o sistema de concessão de sesmarias para a distribuição de terras, através das capitanias hereditárias: aos colonizadores largas extensões de terra foram trespassadas com a obrigação, a estes de medi-las, demarcá-las e cultivá-las, sob pena de reversão das terras à Coroa.
As terras que não foram trespassadas, assim como as que foram revertidas à Coroa, constituem as terras devolutas. Com a independência do Brasil, passaram a integrar o domínio imobiliário do Estado brasileiro, englobando todas essas terras que não ingressaram no domínio privado por título legítimo ou não receberam destinação pública. Para estabelecer o real domínio da terra, ou seja, se é particular ou devoluta, o Estado propõe ações judiciais chamadas ações discriminatórias, que são reguladas pela Lei 6383/76.
As Constituições republicanas seguintes deram maior abrangência ao conceito de terra devoluta. Hoje, a Constituição no seu art. 20, IIinclui entre os bens pertencentes à União "as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental". As demais terras devolutas pertencem aos Estados. No tocante à questão fundiária, pelo art. 188, a destinação de terras devolutas deve ser compatível com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária. E, pelo viés ambiental, o art. 225, §5º determina que as terras devolutas necessárias à proteção dos ecossistemas naturais (assim como as arrecadadas pelos Estados por ações discriminatórias) são indisponíveis.
O que é Gentrificação?
Macartismo (em inglês McCarthyism)
O Macartismo e a "Caça as Bruxas"
- O anticomunismo de um modo geral é chamado de “macarthismo”.