domingo, 12 de março de 2017

Conheça um Igarapé

A imagem pode conter: árvore, planta, atividades ao ar livre, natureza e água

Um igarapé é um curso d'água amazônico de primeira, segunda ou terceira ordem, constituído por um braço longo de rio ou canal. Existem em grande número na Bacia amazônica. Caracterizam-se pela pouca profundidade e por correrem quase no interior da mata. Apenas pequenas embarcações, como canoas e pequenos barcos, podem navegar pelas águas de um igarapé devido a sua baixa profundidade e por ser estreito.

A palavra foi adotada do tupi. Significa, literalmente, "caminho de canoa", através da junção dos termos ygara (canoa) e apé (caminho).

Características

A maioria dos igarapés tem águas escuras semelhantes às do Rio Negro, um dos principais afluentes do Rio Amazonas, transportando poucos sedimentos. São navegáveis por pequenas embarcações e canoas e desempenham um importante papel como vias de transporte e comunicação.

Os igarapés amazônicos constituem parte integrante e essencial no funcionamento da floresta, pois funcionam como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e facilitando deslocamento da fauna e o fluxo entre as populações das espécies de animais e vegetais.

Fonte: Mundo Estranho

Características dos Estados do Nordeste brasileiro.

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São nove os Estados do Nordeste do Brasil e estes compreendem uma área total de 1.554.295.607 km² do território brasileiro.

A Região Nordeste é a terceira maior do País e comporta a mais extensa costa litorânea.

Estados do Nordeste

Estados e Capitais do Nordeste

- Maranhão (MA) - São Luís
- Piauí (PI) - Teresina
- Ceará (CE) - Fortaleza
- Rio Grande do Norte (RN) - Natal
- Paraíba (PB) - João Pessoa
- Pernambuco (PE) - Recife
- Alagoas (AL)- Maceió
- Sergipe (SE) - Aracaju
- Bahia (BA) - Salvador

Maranhão

O Maranhão, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 331.937.450 km², faz fronteira com os estados do Pará, Tocantins e Piauí. Sua capital, São Luis, está localizada na ilha de Upaon-Açu, entre as baias de São Marcos e de São José do Ribamar, banhada pelo Oceano Atlântico.

O clima é o tropical úmido, com temperaturas que variam entre 21 e 34 graus, distribuídas entre a estação chuvosa que vai de janeiro a julho, e a estação seca que se estende entre os meses de agosto a dezembro. Apresenta duas regiões distintas em seu relevo, a planície litorânea e o planalto tabular. O litoral se estende por 640 km de praias, entre elas, a Ponta d'Areia, São Marcos e Calhau.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, situado no litoral norte do estado, distante 260 km da capital, é uma unidade de conservação brasileira, um paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais. O Polo Parque dos Lençóis abrange os municípios de Barreirinhas, Humberto de Campos, Primeira Cruz e Santo Amaro.

Piauí

O Piauí, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 251.577.738 km², faz fronteira com os estados do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e Tocantins. Sua capital, Teresina é a única capital do nordeste não localizada no litoral. O clima é o tropical, com verão úmido e inverno seco, e o tropical semiárido, com chuvas irregulares ao longo do ano, com temperaturas que variam entre 25 e 40 graus.

O relevo apresenta uma planície litorânea e as serras da Ibiapaba, Araripe, Tabatinga e Mangabeiras, ao longo das fronteiras com os estados do Ceará, Pernambuco e Bahia. O vale do Gurgueia, guarda a maior reserva de água subterrânea do Nordeste, é a terceira reserva do país.

O Parque Nacional da Capivara, que compreende quatro municípios, é a maior área de concentração de sítios pré-históricos do continente sul americano. É Patrimônio Cultural da Humanidade.

Ceará

O Ceará, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 148.920.472 km², faz fronteira com os estados do Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e o Oceano Atlântico. Sua capital é a cidade de Fortaleza, possui 34 km de praias. O clima é o tropical úmido e o tropical semiárido, com temperaturas que variam entre 20 graus na região das serras e 30 graus nas estações mais quentes.

O sul do estado está incluído no Polígono das secas. O relevo é caracterizado pela planície litorânea e por serras e chapadas. A vegetação predominante é a caatinga e a litorânea, formada por manguezais, a vegetação de praias arenosas e dunas e as restingas.

O litoral do Ceará se estende por 573 km, com grandes falésias e dunas que chegam a 30 metros de altitude e praias de águas tépidas, entre elas, Aracatí, Canoa Quebrada e Jericoacoara.

Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 52.811.047 km², faz fronteira com o Ceará, Paraíba e o Oceano Atlântico. Sua capital, a cidade de Natal é um centro turístico com lindas praias, entre elas, a praia de Ponta Negra com o Morro do Careca, uma duna com 107 metros, margeada por vegetação de praia. Seu litoral é responsável pela produção de 95% do sal produzido no país.

O clima é o tropical úmido e o tropical semiárido, com temperaturas que variam entre 24 e 30 graus. O relevo é caracterizado pela planície litorânea e o Planalto da Borborema. A vegetação predominante é a catinga, com resquício da Mata Atlântica.

A Barreira do Inferno, uma base da Força Aérea Brasileira para lançamento de foguetes, está localizada no Município de Parnamirim, a 12 km da cidade de Natal.

Paraíba

A Paraíba, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 56.469.778 km², faz fronteira com o Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e o Oceano Atlântico. Sua capital, a cidade de João Pessoa, foi considerada, em 1992, a segunda capital mais verde do mundo.

O clima predominante é o tropical úmido e o tropical semiárido, com temperaturas que variam entre 24 e 30 graus. O relevo é caracterizado pela planície litorânea e o Planalto da Borborema. A vegetação predominante é a caatinga, com áreas de Mata Atlântica preservadas.

A praia de Ponta do Seixas, situada a leste de João Pessoa, é o ponto mais oriental das Américas. Denominada "A Porta do Sol"

Pernambuco

Pernambuco, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 98.148.323 km², faz fronteira com o Ceará, Paraíba, Alagoas, Bahia, Piauí e o Oceano Atlântico. Sua capital Recife, cercada de rios e pontes, é denominada a "Veneza Brasileira". O clima predominante é o tropical úmido e o tropical semiárido, com temperaturas médias entre 18 e 27 no inverno e 30 e 35 no verão.

Grande parte do estado está incluída no Polígono das Secas. O relevo é caracterizado pela planície litorânea, por serras, pelo Planalto da Borborema e pela depressão sertaneja. Predomina na região a vegetação litorânea, resquícios da mata atlântica, a caatinga e o cerrado.

Fernando de Noronha é um arquipélago com 21 ilhas e ilhotas, que forma o Parque Nacional Marinho. Cento Turístico, com diversificada vida marinha, é local de mergulho recreativo. A praia de Porto de Galinha, no litoral sul do estado, foi eleita por dez vezes a melhor praia do país.

Alagoas

Alagoas, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 27.778.506 km², faz fronteira co Pernambuco, Sergipe, Bahia e o Oceano Atlântico. Sua capital Maceió, destaca-se por suas praias de águas quentes e os arrecifes que formam piscinas naturais. O clima é o tropical úmido e o tropical semiárido.

O estado tem 44,3% do seu território dentro do Polígono das Secas. O relevo é caracterizado pela planície litorânea, a depressão no centro e o Planalto da Borborena no centro norte do estado. Predomina uma vegetação litorânea, área de mata atlântica, remanescentes da floresta tropical, e a caatinga. O passeio de barco entre os cânions de rio São Francisco representa boa parte do turismo do estado.

A Foz do Rio São Francisco, na cidade de Piaçabuçu, distante 135 km de Maceió, forma imensas dunas e lagoas. A praia do Peba, área de proteção ambiental, abriga um rico ecossistema em mangues, coqueiros, dunas, tartarugas, aves migratórias e mata atlântica.

Sergipe

Sergipe, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 21.915.116 km², faz fronteira com Alagoas, Bahia e o Oceano Atlântico. Sua capital Aracaju, tem como principal atração a praia de Atalaia, situada a 9 km do centro da cidade, com sua ampla faixa de areia e águas mornas, e com diversas opções de lazer.

O clima é o tropical úmido e o semiárido, com temperaturas que variam entre 21 e 30 graus. O relevo é caracterizado pela planície litorânea, áreas de várzeas, planaltos e depressões. A vegetação predominante é a litorânea, mata atlântica e a caatinga.

O Cânion de Xingó, um dos maiores do mundo, no município de Canindé do São Francisco, 213 km de Aracaju, é atração turística, com passeios a bordo de escunas que cortam as água do rio São Francisco.

Bahia

Bahia, estado do Nordeste do Brasil, com uma área de 564.733.177 km², faz fronteira com o Piauí, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. Sua capital Salvador, a primeira capital do Brasil, apresenta mais de 800 casarões no Centro Histórico do Pelourinho.

O clima é o tropical úmido, o tropical semiárido e o tropical (verão úmido e inverno seco), com média de temperatura de 30 graus. A vegetação é litorânea, a caatinga, o cerrado e a Mata Atlântica.

O litoral da Bahia, com 1.181 km de extensão, é o maior do Brasil, com extensos coqueirais e belas praias, entre elas, Mangue Seco, Porto de Sauípe, Praia do Forte, Itaparica e Comandatuba.

Fonte: Geografia do Brasil

Os 'campos de concentração' da seca: uma história esquecida no Brasil


Quase ninguém no Brasil se lembra ou sequer conhece esta história, mas ela existiu: no começo do século XX, quando o Nordeste vivia - como nos dias de hoje - terríveis secas, as autoridades construíram "campos de concentração" para evitar que agricultores famintos do Ceará migrassem em massa para a capital.

Os registros históricos e os jornais da época descrevem as construções como acampamentos, onde milhares de famílias do semiárido eram obrigadas a viver em condições sub-humanas: amontoadas, quase sem comida, em um espaço insalubre, cercado e custodiado por guardas.

As autoridades estaduais chamavam de "campo de concentração", uma denominação que ainda não era associada ao horror do nazismo alemão.

Os primeiros foram construídos durante a grande seca de 1915 e voltaram posteriormente, durante um ano, em 1932.

No total, foram sete campos estrategicamente estabelecidos perto das vias ferroviárias que os agricultores do sertão cearense usavam para fugir para Fortaleza, capital do estado que hoje sofre sua pior seca em um século.

As autoridades os vendiam como uma espécie de proteção para milhares de "flagelados", mas as crônicas sugerem que apenas buscavam evitar que se repetisse o episódio vivido na seca de 1877, quando mais de 100.000 camponeses famintos triplicaram a população da capital que, nos anos 30, vivia na modernidade e riqueza de sua 'Belle Epoque'.

- Currais do governo -

Os agricultores, de fato, acabaram batizando esses lugares como "Currais do governo" porque se sentiam tratados como o gado que haviam perdido na seca.

"Os campos de concentração funcionavam com uma prisão", observa a historiadora Kenia Sousa Rios no livro "Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932".

"Os que chegavam lá não podiam ir embora. Só tinham permissão para se deslocar quando eram convocados para trabalhar na construção de ruas ou em obras de melhoramento urbano em Fortaleza, ou quando eram transferidos de campo", explica.

Os únicos vestígios deste episódio sinistro da história brasileira estão em Senador Pompeu, um humilde município em pleno sertão, a 300 km da capital.

Lá ainda estão de pé as carcaças dos prédios onde os guardas faziam o controle ou dos armazéns onde se guardava a comida, mas estão todos completamente abandonados.

- Última testemunha -

Carmela Gomez Pinheiro, filha de um dos vigias do campo, hoje tem 96 anos, mas sua memória é muito boa.

"Quatro ou cinco pessoas morriam todos os dias, inclusive crianças. Todos de maus-tratos ou de fome", conta à AFP em sua residência, uma casa humilde em Senador Pompeu.

"A fome era muito grande (...) Não havia o que comer, nem pão, e as pessoas ficavam doentes e suas barrigas inchavam", recorda, com alguma dificuldade para falar.

Mesmo que esta tragédia seja desconhecida para milhões de brasileiros, não ficou completamente esquecida.

Em Senador Pompeu se celebra anualmente a 'Caminhada da Seca' em homenagem a essas vítimas, um memorial idealizado em 1982 pelo padre italiano Albino Donati.

Ano após ano, a grande romaria termina no "Cemitério da Barragem", que foi criado em torno das valas comuns, onde os habitantes dizem que estão enterradas mais de mil pessoas.

Em torno de uma cruz, dezenas de garrafas de água são hoje o testemunho das oferendas populares ao falecidos sedentos.

Fonte: Yahoo Noticias

A Organização Mundial do Comércio (OMC)

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O comércio mundial acontece, simultaneamente, de duas maneiras. A primeira é pelo comércio regionalizado, que ocorre pelo fluxo de mercadorias, serviços e capitais entre países componentes de um bloco econômico. A segunda é pelo comércio multilateral, que ocorre de maneira mais geral através das relações de importação e exportação entre países que não compõem um mesmo bloco. É o comércio que não está atrelado ao regionalismo proposto pela criação de blocos econômicos.

Surgimento da OMC

O comércio multilateral começou a tomar forma somente a partir da Segunda Guerra Mundial, quando os países do globo começaram a discutir a necessidade da criação de uma entidade responsável por regulá-lo. Este sentimento era sustentado pela crença que o grande protecionismo realizado pelos países no período entre-guerras, este justificado pelo contexto de caos econômico proporcionado pela Crise de 29, seria um dos responsáveis pelo conflito.

Por protecionismo entende-se qualquer tipo de medida que determinado país adota com objetivo de privilegiar sua produção interna em detrimento dos produtos importados de outros países. As tentativas de diminuir estas políticas foram o ponto central das discussões para a criação de uma entidade reguladora do comércio multilateral.

Na reunião de Bretton Woods, a mesma da qual resultou a criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi definido a instauração da Organização Internacional do Comércio (OIC). Porém, a criação desta organização não teve a adesão esperada, sendo rejeitada por muitos países, entre eles os EUA. Com isto, a saída encontrada foi a realização de um acordo provisório, que ficou conhecido como Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt), que foi assinado por apenas 23 países, entre eles o Brasil.

Ainda que de caráter provisório, o Gatt acabou durando até 1995 e promoveu alguns avanços no que diz respeito ao comércio multilateral. Entre eles, o Gatt conseguiu a diminuição das tarifas alfandegárias e instaurou um importante princípio, denominado Princípio de Não-Discriminação, que proibiu o tratamento diferenciado aos países signatários do acordo. Em 1995, a partir de conversas que se iniciaram em 1986 no Uruguai, o Gatt se transformou em OMC (Organização Mundial do Comércio), a partir da constatação que o acordo de 1944 não estava mais de acordo com a nova lógica do comércio global.

Funcionamento e princípios

Na prática, a formação da OMC oficializou os princípios do Gatt, ao mesmo tempo que o expandiu. Sendo um acordo provisório, o Gatt podia ser facilmente burlado por decisões unilaterais dos países signatários. Com a instauração da OMC, o não cumprimento das obrigações passou a resultar em punições para os países-membros, que envolvem, inclusive, sanções comerciais.

Além disso, notavelmente o acordo de 1944 não era compatível com a nova dinâmica do mercado, como dito acima. O Gatt geria apenas a movimentação de produtos e bens, ignorando os serviços, como o turismo, as telecomunicações e os seguros, e as propriedades intelectuais. Esta lacuna foi preenchida pela OMC através da instauração do Gats (General Agreement on Trade in Services), acordo voltado ao comércio de serviços, e do Trips (Agreement on Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights), voltado aos direitos de propriedade intelectual.

A respeito dos seus princípios básicos, muitos foram herdados do Gatt. Hoje, somam cinco:

- Não discriminação: princípio básico da OMC. Define que um país deve estender aos demais membros qualquer privilégio concedido a um deles (também chamado de princípio da nação mais favorecida). Também visa impedir o tratamento diferenciado de produtos nacionais e importados (também chamado de princípio do tratamento nacional).

- Previsibilidade: define a garantia de previsibilidade das normas instituídas pelos países-membros, impedindo a insegurança dos operadores do comércio mundial nas atividades de importação e exportação. É sustentada pela definição de compromissos tarifários.

- Concorrência legal: visa combater práticas nocivas à concorrência comercial entre os países, como o dumping¹ e os subsídios.

- Proibição de restrições quantitativas: proíbe o estabelecimento de quotas ou proibições para importação de determinados produtos. Por exemplo, o país X fixa uma regra que apenas 20% do produto A comercializado internamente pode vir de outro país, garantindo os outros 80% para os produtos nacionais.

- Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento: estabelecimento de políticas comerciais em prol dos países em desenvolvimento, políticas estas que deveriam ser respeitadas pelos países ricos.

As rodadas

De tempos em tempos, a OMC organiza reuniões, conhecidas no Brasil como rodadas, com o objetivo de discutir as políticas que envolvem o comércio mundial. Até o momento, já foram realizadas nove destes encontros, também chamados de Conferências Ministeriais. São eles: Singapura (1996); Genebra (1998); Seattle (1999); Doha (2001); Cancun (2003); Hong Kong (2005); Genebra (2009); Genebra (2011); Bali (2013) e Nairóbi (2015).

Duas destas rodadas devem ser destacadas: a de Seattle, em 1999, e a de Doha, em 2001. A rodada de Seattle ficou conhecida como Rodada do Milênio, pois teria como objetivo definir os rumos do comércio multilateral no novo milênio. Porém, acabou fracassando, principalmente por conta dos protestos promovidos por grupos contrários ao modelo de globalização vigente, entre eles ambientalistas, sindicados e ONG's.

Já na rodada de Doha, além da incorporação da China e de Taiwan à organização, houveram algumas resoluções de importância. Entre elas, pode-se citar a quebra de patentes de medicamentos para a produção de genéricos em países pobres, o comprometimento de uma abordagem ambiental e sustentável do desenvolvimento econômico pelos países-membros e, talvez a resolução mais polêmica, o acordo entre os EUA e a União Europeia de reverem suas políticas protecionistas em vários setores, em especial na agricultura.

Este último ponto, uma grande reivindicação dos países em desenvolvimento, na prática, nunca foi cumprido. EUA, União Europeia e Japão são acusados de oferecerem subsídios aos agricultores com o objetivo de baratear os preços dos produtos nacionais frente aos importados, geralmente provenientes de países em desenvolvimento, como Brasil, China, Índia e países africanos.

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Roger e Eu

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A GM (General Motors) anunciou ontem (27/04) um novo plano como tentativa para evitar a concordata. Propôs a troca de seus títulos de dívida por ações da empresa e se aprovado, o governo dos EUA, seu maior credor, terá o controle acionário da montadora. Além de outras medidas, estabelecendo prazos até 2010 para amenizar a situação como: reduzir o número de fábricas de 47 para 34 e fechar mais três até 2012; Cortar 21 mil vagas, passando dos atuais 61 mil para 40 mil nos EUA; custo de trabalho menor; fim da Pontiac, ficando apenas com as marcas Chevrolet, Cadilac, Buick e GMC; reduzir o número de concessionárias, de 6.246 para 3.605; redução da dívida e intenção de investimentos.

Só com o anúncio dessas medidas, as ações da empresa já subiram e o mercado ficou mais calmo. Sempre me questiono sobre esta crise. Não será mais uma vez um golpe do capitalismo? Tudo bem, temos que tomar cuidado, não achar que é apenas uma marolinha. Mas, fico sempre com o pé atrás. Todas essas demissões alegando a crise, para mim, não passa de desculpa para demitir quem não se adequou às novas determinações das empresas, ou mesmo, para não deixar de obter o lucro estabelecido para o crescimento anual.

Engraçado que nós, simples mortais, passamos anos apertados, economizando aqui e ali, para sobreviver, para conseguir construir algo. No entanto, as fábricas, as empresas, o capitalismo não pode passar por apertos por alguns meses e claro, a primeira medida é a demissão em massa. Ontem a empresa que trabalhava, americana, por sinal, fez um belo corte no quadro de funcionários. Mas, desta vez, tiveram a decência de não culpar a crise econômica atual, alegaram reestruturação nos departamentos. Contudo, sabemos que isso não ameniza a dor nem de quem foi demitido e nem de quem continua na empresa, que acumula o serviço dos que não estão mais lá e cada vez a estrutura encolhe, fica mais enxuta ainda, porém, é melhor do que dar esta desculpa esfarrapada da crise.

Minha desconfiança vêm de fatos de todos esses anos de capitalismo, da quebra da bolsa de Nova York em 1929 e por aí afora. E segundo o filme "Roger e Eu" de Michael Moore, relatando os acontecimentos da cidade de Flint, nos meados nos anos 80, desta mesma GM que comento agora, fico mais ainda com o pé atrás.
Aí vai uma dica, assista este documentário ou leia meu relatório que fiz para a faculdade em 2006, que segue abaixo, e analisem se tudo não é muito suspeito.


Filme..: Roger e eu
Gênero: Documentário
Diretor: Michael Moore
USA/1989


O Filme relata a saída da GM da cidade de Flint, no estado de Michigan, EUA. A Cidade sempre girou em torno do parque industrial da General Motors e por várias gerações, toda população trabalhava na montadora. Até os meados dos anos 80 havia prosperidade na cidade e todos se encontravam numa situação segura e confortável, até o dia que decidiram fechar 11 fábricas e 30 mil pessoas ficaram desempregadas.

Esta estratégia já era conseqüência do conjunto de fenômenos que ocorreu a partir dos anos 50 e que teve seu auge a partir dos anos 80 e tem como objetivo proporcionar uma maior liberalização do capital para que este busque melhores taxas de lucro, o que chamamos de Globalização.

O Capitalista quer a liberdade para ir para onde quiser e a General Motors, fechou estas fábricas em Flint e instalou o novo complexo industrial na cidade do México. O Presidente da GM, Roger Smith, alegou que se esta atitude não fosse tomada, iriam a falência. E isso não passou de mera desculpa para visar mais lucro com as novas tecnologias, que substitui a força de trabalho e também porque a mão de obra qualificada e as despesas fixas são mais baratas no México.

A produção flexível, desenvolvida pela Toyota nos anos 60, considerada a 3ª Revolução Industrial, acabou sendo modelo para as indústrias, onde a “Automação de Sistema” e as “Células de Produção” substituíram a Produção em Série do Fordismo, onde se visava a quantidade, produção de acordo com a capacidade total, trabalho não qualificado, grandes estoques e produção verticalizadas.

No Toyotismo, os principais pontos são:

Ênfase na Qualidade;
Produção de Acordo com a Demanda;
Mão de Obra Qualificada (funcionários polivalentes);
Just in Time (em cima da hora) sem estoques; e
Idéia de Empresa Família.

Com esta mudança, do Fordismo para o Toyotismo, de um lado crescia a lucratividade das empresas, diminuía os conflitos internacionais e riquezas desnecessárias, de outro lado, o trabalhador fica prejudicado, pois começam:

O Desemprego Estrutural (mais de 5 anos sem emprego);
A Precarização do Trabalho (terceirização); e
O Enfraquecimento da Organização Sindical.

Foi o que aconteceu em Flint, a GM, com esta atitude, simplesmente desestruturou toda a cidade, levando a uma verdadeira calamidade. Como a população era voltada para a mão de obra da montadora, há muitos e muitos anos, ficaram desorientados, não tinham experiência em outras atividades de trabalho.

Sem alternativas e sem emprego, a população de Flint era despejada de suas casas, os aluguéis eram altos e sem emprego era impossível o cidadão arcar com essas despesas. A violência aumentou com a recessão e a cidade passou a ter a maior taxa de criminalidade dos EUA. A sua elite ainda os chamavam de preguiçosos e fingiam que nada estava acontecendo, suas corriqueiras e fúteis vidas continuavam como se a cidade não passasse pelo caos que estava passando.

O Sindicado se enfraqueceu e se tornou amigo do patrão. A População tentou a economia informal e outros ramos de trabalho, como o Fast Food. Muitos, acostumados ao ritmo de trabalho das montadoras, não conseguiam se adaptar às novas funções. Alguns doavam sangue em troca de dinheiro, outros foram treinados para serem Guardas Civis e acabavam prendendo seus ex-companheiros de trabalho que acabaram na criminalidade.

Sem muitas alternativas, a população foi deixando a cidade e abandonando suas casas para procurarem empregos em outras cidades.O governo decidiu investir no Turismo para aquecer a economia da cidade, hotéis luxuosos foram construídos, o “Auto Word”, um investimento de 100 milhões de dólares, que era uma miniatura do parque industrial da GM, inicialmente até fez algum sucesso, mas como a cidade não havia muito a oferecer, isso também, após algum tempo, fracassou.

Roger Smith a frente da General Motor, como todo capitalista, não estava interessado em honrar a cidade Natal, tudo é voltado para o aumento do lucro e para ele pouco interessava o que estivesse acontecendo com a população de Flint.

Michael Moore, diretor deste documentário, foi um obstinado, como nasceu em Flint, queria a todo custo conseguir um depoimento do Sr. Todo Poderoso Roger Smith, após três anos de muitas tentativas, em uma entrevista numa véspera de Natal, finalmente conseguiu chegar perto de Roger, além de não conseguir leva-lo até a cidade, ainda escutou o seguinte: “Não temos culpa pelos acontecimentos em Flint”.

Concluindo, a mensagem do filme nos mostra que o importante não é o bem estar das pessoas e uma sociedade mais justa, mas sim, o lucro a qualquer preço, e como diz Michael Moore no final do filme “os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres e o final do século XX era realmente o começo de uma nova era”.

Fonte: resenha feita pela autora Nana

sábado, 11 de março de 2017

De onde veio a água da Terra?


A origem exata da água – que abrange cerca de 70% da superfície da Terra – ainda é um mistério para os cientistas. Muitos pesquisadores acreditam que a água não se constituiu ao mesmo tempo em que a Terra se formava. O líquido teria aparecido depois, após violentas colisões de objetos exteriores à Terra.

Os pesquisadores acreditam que qualquer aglomerado de água que existisse no planeta há 4,5 bilhões de anos teria se evaporado, em decorrência do sol que era jovem e ainda mais escaldante. Planetas como Marte, Mercúrio e Vênus são exemplos disso – demasiadamente quentes para acumular água. Já outros corpos celestes, como as luas de Júpiter e os cometas, estiveram longes o suficiente do sol para reter gelo.

O mais possível é que, há aproximadamente 4 bilhões de anos, em um período chamado de “intenso bombardeio tardio”, objetos celestes preenchidos com água na forma de cristais de gelo tenham atingido a Terra, gerando os gigantes reservatórios de água do planeta.

Mas você deve estar se perguntando: o que seriam esses objetos? Por muito tempo os astrônomos acreditavam que seriam cometas. No entanto, medições de água evaporada de vários cometas revelaram que a água presente neles tem um isótopo diferente do que existe na Terra, sugerindo que eles poderiam não ter sido nossa fonte primordial de água.

Agora, os astrônomos começam a se perguntar se a resposta para o surgimento de água na Terra estaria no cinturão de asteroides – local onde existem centenas de milhares de asteroides, nos quais já foi encontrado evidências de gelo.

Sondas enviadas para explorar esses asteroides nos próximos anos, como a nave espacial Dawn, da NASA, poderão revelar mais sobre a presença de gelo no local e nos ajudar a entender como surgiu a água na Terra.

Fonte: Livescience

E se Cuba abandonasse de vez o socialismo?

Boom imobiliário, petróleo e imigração em massa poderiam criar uma revolução econômica na ilha.

Uma Cuba completamente livre das amarras de sua economia planificada poderia crescer mais que parece. O ponta-pé inicial desse boom econômico pode vir do fundo do mar. Há estimativas, ainda não confirmadas, de que Cuba tenha 20 bilhões de barris petróleo sob as águas do mar que banha o norte do país. Isso dá mais ou menos um quinto do pré-sal brasileiro – num país com população menor que a da Grande São Paulo (11,5 milhões de habitantes).

Claro que essas reservas também poderiam enriquecer a Cuba comunista. Mas, se a ilha abolisse a ditadura e abraçasse o capitalismo, a bonança viria mais rápido e poderia gerar um efeito cascata na economia. Primeiro, porque uma mudança no regime acabaria com o bloqueio comercial dos EUA. Sem esse obstáculo, os cubanos teriam como importar tecnologia americana para explorar suas reservas. E mais importante: os EUA importam 9,5 milhões de barris de petróleo por dia, boa parte Oriente Médio. Mas Cuba, lembre-se, fica ali ao lado, a 160 quilômetros de distância da Flórida. Bastaria, então, fazer oleodutos ligando a ilha ao território americano para que os EUA pudessem comprar óleo dos cubanos sem gastar quase nada em transporte. Se o vizinho do norte passar a comprar deles um terço 30% do óleo que importa hoje, a ilha ganharia por volta de US$ 200 bilhões limpos a cada ano. Só isso quadruplicaria o PIB de Cuba, de cara – o Produto Interno Bruto atual da ilha, na faixa de US$ 70 bilhões, equivalente ao de Curitiba, e a um décimo do PIB da cidade de São Paulo (da cidade mesmo, não do Estado).

Bom, agora junte os bilhões do petróleo a um mercado imobiliário virgem – Fidel, afinal, confiscou a propriedade privada na ilha ao longo da Revolução. Esses imóveis e terras, a princípio, votariam a seus antigos donos (ou a seus descendentes). O valor de tudo isso gira em torno de US$ 50 bilhões. Pouco. Mas seria só o começo.

Esse monte de imóveis e terras faria nascer um novo mercado: a grana do petróleo aumentaria o preço dos imóveis, já que vai ter muita gente com dinheiro para comprá-los, ainda mais num país com praias de sonho.

Imóveis valorizados fomentam a construção civil, pois novos prédios vão dar mais lucro (é o que aconteceu na China e na Índia). E a construção gera empregos. Com mais empregos, mais consumo. Mais consumo, mais produção. Mais produção, mais empregos…. Uma Cuba mais rica veria um retorno maciço da população cubana que hoje vive exilada nos EUA – são 1,5 milhão de pessoas, o equivalente a 10% da população de Cuba. Gente que ganham em dólar, numa média de US$ 38 mil por ano (uma renda baixa para os EUA, mas robusta para qualquer país em desenvolvimento – estamos falando em R$ 10 mil por mês. Os laços afetivos desses cubanos-americanos com a ilha estimularia a chegada de mais investimentos, alimentando o círculo virtuoso.É a roda da economia girando. E, nesse caso, seria um giro azeitado por uma educação digna de país desenvolvido, coisa que Cuba já tem.

Fonte: Revista Superinteressante

Formação dos Grandes Conglomerados Econômicos

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Truste, Cartel e Holding

Com o capitalismo financeiro ou monopolista, as empresas passaram a se organizar de forma a obter cada vez mais mercado e lucro. Assim, foram criados novos mecanismos de fusão, cooperação e administração de empresas com o intuito de formar grandes blocos hegemônicos, estabelecendo, assim, um monopólio. Dentre tais mecanismos, podemos citar o Truste, o Cartel e o Holding, que serão comentados abaixo.

Truste
É chamado de truste a situação em que uma determinada empresa se funde com outra com o objetivo de formar uma organização mais ampla e lucrativa. Neste caso, as empresas envolvidas abdicam de sua autonomia financeira em prol de uma fusão completa.

Podemos classificar os trustes de duas formas:

- Horizontais: Quando a fusão ocorre entre duas empresas de mesmo setor, acarretando em um domínio majoritário sobre o mercado.
Exemplo: Sadia e Perdigão.

- Verticais: Quando a fusão acontece entre empresas que comandam diferentes etapas de um processo produtivo. 
Exemplo: Petrobras, que realiza a extração do petróleo, o refino e a distribuição da gasolina, portanto, comandando diferentes ramos de um mesmo processo, no caso, o da produção petrolífera.

Cartel
O cartel é uma prática financeira onde empresas do mesmo ramo fazem acordos com o objetivo de aumentar seus lucros. Neste tipo de associação, não há, ao contrário do truste, uma fusão entre as empresas envolvidas.
Um exemplo muito comum de cartel ocorre em postos de gasolina, quando postos de diferentes regiões combinam o preço do combustível para evitar a concorrência. Outro exemplo é a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), organização em que países como Venezuela, Arábia Saudita e Líbia usam o petróleo como arma política, regulando seu preço no mercado mundial. Atualmente, o cartel é considerado crime na maioria dos países do mundo, mas sua ocorrência ainda é bastante comum.

Holding
O holding é uma empresa que tem função estritamente administrativa, não produzindo qualquer tipo de produto. Na prática, o holding adquire a maior parte das ações de um grupo de empresas e, a partir daí, começa a comandar diversas de suas decisões operacionais. Desta forma, um holding caracteriza-se por ser o núcleo de comando de um bloco empresarial, chamado de conglomerado.

Este tipo de organização empresarial é considerada um estágio avançado do capitalismo financeiro. Podemos citar como exemplo de holding a japonesa Mitsui, que controla desde empresas de produção de energia até empresas de alimentos.

Fonte: Geografia Econômica

Ocupação antrópica da orla costeira


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A morfologia das regiões costeiras das áreas continentais é influenciada por diversos factores modeladores: a ação mecânica das ondas, correntes e marés, as regressões e transgressões oceânicas (provocadas pelas glaciações, interglaciações e, atualmente, pelo efeito de estufa criado pelo Homem), movimentos tectônicos, construção de barragens (pois isto diminui o volume de sedimentos que é recebido pela costa), destruição da defesas naturais à força das águas (dunas, por exemplo), etc.

Os movimentos da água sobre a costa têm um efeito erosivo sobre esta (isto é, provocam a abrasão marinha) e são particularmente evidentes nas arribas (costas altas e escarpadas). Estas, sendo escavadas, na sua base, pelas ondas, ruem parcialmente, formando os detritos uma superfície denominada plataforma de abrasão.

Os sedimentos transportados pela erosão das arribas ou mesmo os que desaguam no mar em conjunto com o caudal dos rios depositam-se formando praias, restingas. tômbolos, ilhas-barreiras, etc.

Numa tentativa de impedir o desaparecimento destas camadas de sedimentos que constituem a faixa litoral, têm sido feitos projectos de ordenamento de território que, muitas vezes, envolvem a realimentação das praias (colocação de areias), recuperação das dunasou a edificação de estruturas artificiais que retardem a erosão e o arrastamento de sedimentos e que podem ser perpendiculares à linha de costa, como os esporões ou paralelas a esta, como os paredões (que se encontram nessa linha imbuídas) e os quebra-mares (que dela se destacam). As obras de engenharia, porém, para além dos custos elevados de construção e manutenção, tendem a oferecer apenas protecção local, piorando as condições das regiões envolventes: a construção de esporões, por exemplo, devido à deriva lateral das ondas, provoca uma intensa deposição de materiais de um dos seus lados e forte erosão do outro.

Fonte: Geologia de Portugal

Deserto de Atacama


Mapa do Atacama. A área geralmente definida como o Atacama está em amarelo. Em laranja estão as áreas áridas circundantes do deserto de Nazca, Altiplano, Puna de Atacama e Norte Chico.Imagem de satélite do deserto do Atacama.
Deserto de Atacama está localizado na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. Com cerca de 1000 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo, pois chove muito pouco na região, em consequência de as correntes marítimas do Oceano Pacífico não conseguirem passar para o deserto, por causa de sua altitude. Assim, quando se evaporam, as nuvens úmidas descarregam seu conteúdo antes de chegar ao deserto, podendo deixá-lo durante épocas sem chuva.

As temperaturas no deserto variam entre 0 °C à noite a 40 °C durante o dia. Em função destas condições existem poucas cidades e vilas no deserto; uma delas, muito conhecida, é São Pedro de Atacama, que tem pouco mais de 3000 habitantes e está a 2400 metros de altitude. Por ser bem isolada é considerada um oásis no meio do deserto e o principal ponto de encontro de viajantes do mundo inteiro, mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e aventureiros, além de possuir uma vida agitada, mesmo depois da meia noite, com bares e restaurantes lotados e pessoas conversando e planejando o dia seguinte.

HISTÓRIA

A região foi primeiramente habitada pelos atacamenhos, povo da região juntamente com a civilização dos nativos aymaras, ambos deixaram um legado inestimável em termos arqueológicos, daí o seu nome deserto de Atacama.

Tal riqueza é guardada em importantes museus, salientando-se o Museu de San Miguel de Azapa localizado no Vale de Azapadadeduer distante 12 km de Arica e o Museu Del Padre Le Paige, em São Pedro de Atacama.

Há importantes manifestações de arte rupestre pré-colombianas na região, que é o berço de uma das maiores esculturas de figura humana feita na pré-história, o Gigante do Atacama.

Nas entranhas do deserto também podem-se descobrir ruínas intactas como as Vivendas Circulares de Tulor, que datam do 800 a.C., e as pukaras, fortalezas de defesa em Quitor e Lasana, além do centro administrativo Inca em Catarpe (província de Arica).
Relevo
O terreno da região é bastante diversificado tanto no aspecto de altitude como de formação, variando de altitudes quase ao nível do mar até 6885 metros, como no caso do vulcão Ojos del Salado. Também encontram-se áreas marcadas por erosão, dunas e montanhas. O solo é diversificado, mas é composto basicamente de sal e areia.

CLIMA

Possui clima quente durante o dia e frio à noite, mas ao longo do ano é seco, apresentando variações de temperatura que vão de 0 °C a 40 °C. A falta de chuva nessa região é devida às correntes marinhas do Pacífico. A corrente marinha de Humboldt, deixa o ar muito frio, que ao se chocar com as correntes quentes do Pacífico geram condensação e consequentemente chuva. Porém, até chegar no deserto, as nuvens se descarregam chegando lá já vazias, fazendo com que não chova lá. Já foi registrado como o menor índice pluviométrico do planeta. A Cordilheira dos Andes impede a chegada de ar úmido da Amazônia, pois funciona como uma barreira para a corrente de ar. O Oceano Pacífico seria então o encarregado de umidificar a região do deserto de Atacama mas, por ser uma corrente marítima fria não ocorre evaporação da água sendo que o ar que vai em direção ao deserto é seco.

FLORA

É formada basicamente por árvores de pequeno porte, como a Pimienta e o Algarrobo, arbustos como o Chanhar e plantas como a Anhanhuca e a Brea que crescem na sua maioria ao longo dos vales e na região da precordilheira e cactos que crescem principalmente nas serras próximas à costa mais ao sul. Deve-se ressaltar as plantas que crescem, eventualmente apenas, na região em que ocorre o fenômeno do Inverno Florido entre as cidades de Copiapó e Vallenar. O deserto de Atacama em geral apresenta um terreno rochoso muito seco e pouco propicio a brotar algumas plantas. Em alguns lugares próximos à região de Antofagasta existem grandes áreas de deserto absoluto, onde o solo é completamente desprovido de vegetação.

HIDROGRAFIA

A região, apesar de ser seca e não apresentar um índice pluviométrico relevante, apresenta alguns lagos com água quase todo o ano, servindo de fonte de vida tanto para os habitantes da região quanto para os animais que lá habitam.

TURISMO

O deserto do Atacama é muito visado por turistas, para prática do trekking, montanhismo, montaria, off-road, mountain bike, e arqueólogos, devido ao fato da região possuir interessantes artefatos arqueológicos e históricos, além de salinas, gêiseres, vulcões, lagoas coloridas, vales verdejantes e cânions de água cristalina. Também há múmias com mais de 1000 anos deixadas pelos Chinchorros (antigos habitantes da área).

A imagem pode conter: natureza


Pontos turísticos

Calama (Maior cidade do Atacama)
Cordilheira do Sal
Chuquicamata (Maior mina de cobre a cova aberta do mundo)
Geisers de Tatio (Gêiseres na maior altitude do mundo, quase 5000 m, nuvens de até 11 metros)
Museu arqueológico Padre Le Paige (Museu em São Pedro de Atacama, mostrando a cultura atacamenha no decorrer de 11000 anos de história)
Museu de San Miguel de Azapa (Importante museu localizado no Vale de Azapa)
Lagoa Miñiques (Lagoa altiplânica localizada próxima a Salar de Atacama)
Lagoa Miscanti (Lagoa altiplânica)
Lagoa Verde (Lagoa altiplântica na qual ocorre um fenômeno de mudança de cor)
Lagunas Cejas
Pukara de Quitor (Antiga fortaleza Inca, ocupada em 1540 pelos espanhóis e restaurada em 1981 e 1992)
Ruínas de Tulor (Antigas ruínas da região)
Vulcão Corona (Possui 5.200 metros de altitude)
Vulcão Lascar (Possui 5.592 metros de altitude)
Vulcão Licancabur (Possui 5.916 metros de altitude)
Vulcão Miñiques (Possui área de 1,5 km²)
Vulcão Miscanti (Possui área de 15 km²)
Vulcão Ojos del Salado (Possui 6 885 metros de altitude, é o vulcão mais alto do mundo)
Valle de la Luna (Depressão no meio da Cordilheira do Sal)
Vale da Morte (Possui terreno arenoso e montanhoso, e admiráveis esculturas naturais. Com rara presença de vida, motivo pelo qual leva o nome de Vale da Morte, serve para a prática de sandboard e é disputada pelos turistas para ver o pôr-do-sol do alto de suas dunas. Com cerca de 2 km de extensão, fica no caminho para o Vale da Lua, próximo à cidade de San Pedro de Atacama, a 4 km do centro.)
San Pedro de Atacama (Antiga cidade dos impérios Tiahuanaco e Inca, principal destino turístico do Chile)
Salar de Atacama ou Salar de Surise (Planície de sal povoada por flamingos)
Termas de Puritama (Termas com água variando entre 25 °C e 30 °C com propriedades medicinais)

FONTE: WIK

Biodiversidade global diminui 30% em 40 anos; Brasil aumenta consumo de recursos naturais


Não é exagerado dizer que estamos acabando com os recursos naturais do mundo. Mais precisamente, já diminuímos em 30% a biodiversidade da Terra desde a década de 1970.
Além disso, nós consumimos 50% a mais do que nossa capacidade por ano. Ou seja, nós usamos recursos de um ano e meio durante apenas um ano. E, nesse ritmo, 30% pode virar 100%.
A organização WWF faz bianualmente um estudo chamado Relatório Planeta Vivo para saber quais nações estão consumindo mais recursos naturais. O último relatório traz comparações de 2008, último ano do qual se tem dados.


Segundo os cientistas que fizeram o relatório, nós estamos superando a biocapacidade da Terra em 50% (isso é, a Terra demora um ano para repor o que a gente queima em um ano e meio), o que significa que estamos em dívida com a mãe natureza.
E quem está mais em dívida? O relatório balanceou o uso de recursos pela capacidade de produtividade de cada nação e comparou-os com a população real e o consumo por pessoa, determinando a “pegada ecológica” de cada nação. Os 25 países com maior consumo per capta são (o Catar sendo o maior, e Espanha o 25º maior):


Catar
Kuwait
Emirados Árabes Unidos
Dinamarca
EUA
Bélgica
Austrália
Canadá
Os Países Baixos
Irlanda
Finlândia
Cingapura
Suécia
Oman
Mongólia
Macedônia
Áustria
República Checa
Eslovênia
Uruguai
Suíça
Grécia
França
Noruega
Espanha


Os 25 países com menos consumo de recursos naturais per capta são (sendo Guiné-Bissau o 25º país com menor consumo e o Território Palestino Ocupado* o menor):


Guiné-Bissau
Camarões
Congo
Lesoto
Togo
Filipinas
Quênia
Tajiquistão
Angola
Iêmen
Índia
Burundi
Zâmbia
Moçambique
Malavi
Nepal
República Democrática do Congo
Paquistão
Ruanda
Bangladesh
Eritreia
Haiti
Afeganistão
Timor Leste
Território Palestino Ocupado*


*Território palestino ocupado é um termo usado pela ONU e outros grupos internacionais legais para descrever partes da Cisjordânia regidas por autoridades militares israelenses.


Brasil: em maus lençóis
O Brasil não aparece entre as 25 nações com maior consumo per capta, nem entre as 25 com menor consumo. Isso significa que estamos bem, que não estamos gastando tanto recurso natural?
Muito pelo contrário. O relatório da WWF também diz que o Brasil e outras economias emergentes (como Rússia, Índia, China e África do Sul) aumentaram o consumo per capita de recursos naturais.
Não somos os maiores consumidores, mas hoje consumimos 65% a mais que nos últimos 50 anos. Os maiores vilões são a agricultura e a pecuária (representando dois terços do consumo), depois pesca, emissão de carbono, uso florestal e áreas construídas em cidades.


O Brasil está inclusive acima da média mundial no que diz respeito a demanda e a capacidade de renovação de recursos naturais. A pecuária, por exemplo, tem taxa de pegada ecológica de 0,95 no Brasil, enquanto na Argentina é de 0,62 e a mundial é de 0,21.




O índice de pegada ecológica total no Brasil aumentou de 2,91 a 2,93 desde a última edição do relatório.


Porque manter a biodiversidade viva?


A perda atual de 30% da biodiversidade se traduz em uma grande perda de espécies de plantas, animais e outros organismos. Espécies temperadas estão melhores que as tropicais, maiores atingidas, que diminuíram em 60% desde 1970. Espécies tropicais de água doce chegaram a diminuir 70%. As espécies terrestres diminuíram 25% no mundo todo, e marinhas aquáticas 20%.
Segundo os especialistas, está na hora dos políticos, governantes e instituições pararem de pensar de 4 em 4 anos e pensarem num futuro mais distante. Além do ciclo eleitoral, nós precisamos de soluções a longo prazo que mantenham nossa biodiversidade viva e dentro das capacidades de renovação da Terra.


Sim, precisamos salvar nossa biodiversidade. Não que sejam necessários outros motivos além da sobrevivência da espécie humana, mas muitos estudos têm apontado vários benefícios da biodiversidade que nos dão ainda mais razões para nos agarrarmos a ela.


Quando perdemos biodiversidade, perdemos também nossa cultura. Um novo estudo afirmou que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E, conforme as áreas são degradadas, as culturas e línguas locais se extinguem também.


Outra pesquisa mostra que o contato com a biodiversidade melhora o humor, reduz o estresse e aumenta a sensação de relaxamento. Também pode aumentar a longevidade, reduzir o tempo de recuperação de uma cirurgia e aumentar nossas capacidades cognitivas.


Fonte: BBC - LiveScience

Crise Hídrica na China

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Com uma economia em contínua expansão e crescente pressão sobre os recursos naturais, a China tem um cenário de escassez de água cada vez mais grave. Para contornar o problema, uma das principais ações do governo do país tem sido a transferência de água para bacias hidrográficas em crise. De acordo com um novo estudo feito por um grupo internacional de cientistas, essa prática poderá agravar ainda mais a escassez de água nos próximos anos. 

A pesquisa, publicada nesta segunda-feira, 12, na revista PNAS, mostra que esse tipo de transferência não alivia a situação das bacias hidrográficas que recebem a água, mas pode exacerbar o estresse hídrico das bacias doadoras.

De acordo com o autor principal do estudo, Dabo Guan, da Universidade de East Anglia (Reino Unido), o objetivo do estudo era descobrir se a redistribuição de água poderia ser capaz de mitigar o estresse hídrico na China. Os cientistas consideraram tanto a transferência de "água física" - por meio do remanejamento de água entre diferentes bacias - como os fluxos de "água virtual", isto é, a água contida nos produtos comercializados entre as várias regiões. 

Para fazer o mapeamento, os pesquisadores levaram em conta dados sobre os projetos de transferência de água entre bacias, além de dados sobre o comércio entre províncias, desde 2007, com projeções até 2030. "O atual programa chinês de transferência de água entre bacias, em vez de resolver o problema, está agravando o estresse hídrico nas regiões mais pobres da China, sem conseguir mitigar a escassez nas regiões importadoras de água", disse Guan.

Segundo Guan, com a análise da trajetória histórica, das políticas públicas, dos fatores socioeconômicos e técnicos, foi possível concluir que a China precisará investir com urgência em programas de uso eficiente da água. Caso contrário, a situação continuará a se deteriorar até comprometer a escalada da economia chinesa. "A china precisa mudar seu foco para a gestão da demanda de água, em vez de seguir com a atual abordagem focada na gestão da oferta, já que o país está enfrentando pressões gigantescas sobre suas fontes de água", afirmou Guan. 

Os autores afirmam que a única saída para o país é melhorar a eficiência no uso dos recursos hídricos. Mas os ganhos com a eficiência podem ser comprometidos por um aumento da demanda causado pelo crescimento econômico contínuo. Além disso, a qualidade da água é cada vez pior. Guan, que é professor de Economia das Mudanças Climáticas, publicou, em parceria com Martin Tillotson, da Universidade de Leeds (Reino Unido), um outro estudo em 2014, mostrando que 75% dos lagos e rios chineses - além de 50% de suas reservas hídricas subterrâneas - estão contaminadas, como consequência do consumo urbano, da exportação de bens e serviços e de investimentos em infraestrutura.

De acordo com Tillotson, mesmo levando-se em conta os futuros ganhos de eficiência no consumo de água para uso agrícola e industrial, a transferência de água entre bacias na China provavelmente será insuficiente para compensar o aumento da demanda, por causa dos efeitos do crescimento da população e da economia. "O maior foco precisa ser colocado na regulação, ou no incentivo da redução do consumo", afirmou Tillotson.

Fonte: Estadão

Grande Falha de San Andreas dá sinais de catástrofe iminente


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A mais famosa falha geológica da Califórnia, a Falha de San Andreas, continua a acumular energia.Caso venha acontecer um terremoto na região, será provável que a área afetada seja maior do que em todos os outros abalos sísmicos na região.

Em 1906, um temor de 7,8 graus na escala Richter matou mais de 3.000 pessoas em São Francisco. Este terremoto foi um dos mais fortes do século 20. Mesmo que ele tenha liberado bastante energia, aconteceu na parte norte da linha, onde está localizada a falha, e a seção sul não havia passado por nada assim desde então. A conferência Nacional de Terremotos nos Estados Unidos abordou a questão e os pesquisadores alertaram para a necessidade de se investir em prevenção no local a curto prazo.

O movimento da Placa Tectônica do Pacífico criou uma tensão que a afasta da Placa Norte-americana, sendo aliviada por pequenos abalos sísmicos, mas isso não acontece no caso da Falha de San Andreas, que tem 1.300 quilômetros e acumula energia há mais de 300 anos. “As nascentes do sistema de placas ficaram com uma ferida muito, muito fechada. E o sul da falha, em particular, parece estar preso, carregado e pronto para dar o gatilho”, disse Thomas Jordan, diretor do Centro de Terremotos da Califórnia do Sul.

O maior terremoto registrado na região aconteceu em 1857 e atingiu 7,9 graus na escala Richter. Segundo Thomas Jordan a região está tranquila desde então, mas é inevitável prever um terremoto. Quanto mais preparados estiverem para um terremoto de 8 graus na escala Richter, melhor. O U.S. Geological Survey, instituto de investigação geológica norte-americano publicou um relatório em 2008 que previa um terremoto de 7,8 graus na escala Richter na parte sul da Falha de San Andreas e que poderia causar cerca 1.800 mortes além de grandes prejuízos para o Estado.

“Infelizmente, neste país, as coisas só são melhoradas depois de um desastre. Um sistema de alerta precoce seria muito útil. Os nossos sistemas de alerta de sismo deveriam ser melhores. Não temos sensores nos lugares que são necessários. Não temos uma infraestrutura robusta.”, disse Peggy Hellweg à rede de televisão BBC.

Na ocasião, o terremoto de 1857 durou entre 1 e 3 minutos, e foi tão forte que as rochas esfarelaram. Uma nova simulação prevê um terremoto de dois minutos com grande impacto na baía de Los Angeles. A cidade, por sua vez, implantou novas leis para construção de edifícios: 15 mil novos prédios são projetados para resistir a um possível terremoto.

Fonte: Jornal Ciência