ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A mata dos Cocais está situada entre uma zona de transição dos biomas da Amazônia e da caatinga nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará e norte do Tocantins.
A ditadura militar no Brasil (1964-1984) estimulou a instalação econômica de manufaturas como a química, metalúrgica, siderúrgica, mineração, madeira, entre outros. Além do turismo com construções históricas como o mercado Ver-o-Peso.
O desenvolvimento de Unidades Federais começaram a serem instaladas a partir de 2001, como as reservas biológicas de Tapirapé e Gurupi e a floresta nacional de Carajás, que atualmente é conservada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
RELEVO
Esta zona tem muitas formas de relevo, como a planície, as depressões, o planalto, a estrutura rochosa formada por rochas cristalinas (formada por cristais) e sedimentares.
A formação do solo é laterítica "formada com óxidos de ferro e alumínio", além das estruturas neossólicas "solos mal-formados" e argilosos. O solo deste bioma é rico em minérios como ferro, níquel, ouro, bauxita, diamante, alumínio, além da argila caulim.
A condição do solo para as atividades agrícolas são regulares, porém em algumas áreas do Pará e Tocantins há uma boa reserva de nutrientes para a agricultura e nas áreas do Maranhão e Piauí, e solos com excesso de alumínio e uma alta salinidade nos mangues (é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais).
VEGETAÇÃO
A vegetação da Mata dos Cocais é composta de florestas tropicais e amazonenses secundários, ou, florestas "reconstituídas pós-desmatamento". São muitas características destes biomas como:
- A maioria das árvores são babaçu, carnaúba, oiticica e buriti;
- A biodiversidade de espécies de palmeiras, como o açaí;
- As folhas das palmeiras são grandes e finas;
- Nas menores altitudes, são ricas em espécies nativas de arbustos.
CLIMA
Esse ecossistema tem diferenças de clima, via estar a três tipos de climas: Equatorial úmido, Tropical semi-úmido e Tropical semi-árido:
- Equatorial úmido: Como clima deste bioma é o mais quente e chuvoso;
- A grande pluviosidade é o grande contato entre as correntes do Brasil, a proximidade da linha do Equador e a umidade pela potências dos aquíferos da bacia do rio Araguaia e do Rio Tocantins, além dos ventos alísios do Centro de Alta Pressão da Antártica. A temperatura é de 20 a 40 graus e a pluviosidade acima de 2000 milímetros, abrange 20% desse bioma;
- Tropical semi-úmido:Com mais de 65% do clima deste bioma tem influência ao Equatorial úmido, porém é um clima quente pelas correntes brasileiras e tem um menor precipitação, com uma pluviosidade entre 1000 a 2000 milímetros e uma temperatura de 23 a 36 graus;
- Tropical semi-árido:Com 15% da ocupação do bioma é o clima mais seco, com precipitação entre 500 a 1000 milímetros e com uma temperatura de 25 a 40 graus.
HIDROGRAFIA
A hidrografia da Mata dos Cocais vem dos rios Tocantins e Araguaia, no Cerrado até a Mata dos Cocais, além do acumulo dos aquíferos Tocantins-Araguaia.
FAUNA
A fauna é muito diversificada, tendo, porém, poucos mamíferos de grande porte. Ao nível do solo há poucos animais, vivendo a maioria nas copas das árvores: aves, macacos, insetos, etc. Nas água dos rios podem ser encontrados o boto, a ariranha e o tamanduá-bandeira. A sua fisionomia segundo estudo vieram a partir das manipulações dos seres-humanos. Observa-se que no Maranhão prevalecia uma floresta pré-amazônia. No Piauí, além da pré-amazônia, no local tínhamos também os cerrados.
A flora da Mata dos Cocais está sendo recuperada naturalmente. Na época de exploração na ditadura militar no Brasil facilitaram a exploração degratória da região dos estados do Pará e Tocantins, além dos recursos da Caatinga.
ECONOMIA
A economia dos Estados que ficam neste bioma estão a indústria de mineração, química e a produção alimentícia.
- Mineração: A região que situa o bioma tem um grande potencial a extração de ouro, diamantes, níquel, xisto betuminoso, bauxita e alumínio. Fica na área do Grande Carajás. A extração é elaborada pela Vale. Pelo consumo atual estas minas durarão 160 anos.
- Química: No início dos processos de mineração da área, veio a procura de mão-de-obra e matéria-prima barata, veio a instalação de manufaturas químicas. As maiores indústrias são de bauxita e caulim.
- Alimentos: Pela grande produtividade das áreas do Pará e Tocantins, a produção de materiais de óleos vegetais, pecuária e palmeiras é mais elevada do Norte, para a alimentação regional.
Como "mascote" tem o lobo guará, que está em extinção, nos rios temos ariranhas, e acarás-bandeiras. Aves diversas, como o gavião rei, são abundantes na mata dos cocais. Tendo também coelhos silvestres com muita procura para degustação.
PROBLEMAS E IMPACTOS AMBIENTAIS
O bioma é naturalmente fragilizado, e a procura de solos férteis, extração de minérios e de madeira, além da instalações industriais, estão poluindo o aquífero Tocantins-Araguaia, terras férteis, e o desmatamento provocam o acumulo de gás carbônico, metano e dejetos domésticos, que altera a estrutura ecológica local proporcionando assim a fragilização da fauna e da flora.
As consequências dessas ações desmedidas poderão trazer graves consequências ambientais no futuro, sendo estas talvez até irreversíveis.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável é o sistema de desenvolvimento econômico onde não agrida a natureza. O projeto de desenvolvimento sustentável ocorre desde 2001, pelo projeto do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os recursos mais usados são o babaçu, a oiticica e a carnaúba.
Produtos feitos a partir de palmeiras da Mata dos Cocais:
- Babaçu: Biocombustível, óleo, ração, palmito;
- Buriti: Doces, óleo, produtos de beleza, artesanato;
- Carnaúba: Laxante, cera, componentes eletrônicos, produtos alimentícios, madeira, adubação;
- Oiticica: Biocombustível, produtos de beleza e higiene.
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